A violência doméstica tem uma grande carga histórica, pois desde antigamente as mulheres eram ensinadas a sempre servir o cônjuge, como se eles tivessem posse sobre a mulher. Com o passar dos anos, as formas de se relacionar foram se alterando, porém alguns pensamentos continuaram os mesmos, e pode-se dizer que esses pensamentos influenciam diretamente nas agressões.
Schwab e Meireles afirmam que as vítimas, que na maioria das vezes não se dão conta do que está acontecendo a sua volta, não percebem os fatos como violência e desculpam os atos do agressor como cansaço, mau humor, personalidade forte, machismo ou estresse, sendo que a realidade é bem mais simples; na violência o outro é impedido de se expressar, é negado em sua integridade, é visto e tratado como objeto.
Segundo a delegada Sandra Ornellas, no programa de televisão Em família, as denuncias mais frequentes são de ameaças e lesão corporal. Mas que ainda tem casos mais graves que são os de cárcere privado, tortura e tentativas de homicídio.
Essa violência pode ocorrer de várias formas, sendo elas, física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
1. Psicológica: humilhar, ameaçar, desvalorizar, controlar.
2. Física: bater, espancar, atirar objetos, sacudir, torturar.
3. Sexual: forçar relações sexuais, fazer a mulher consumir conteúdos pornográficos contra sua vontade, forçar a abortar ou a engravidar.
4. Patrimonial: controlar, reter ou tirar dinheiro, causar danos a objetos materiais, reter documentos pessoais ou objetos de trabalho.
5. Moral: fazer comentários ofensivos em público, expor a vida intima do casal, acusar publicamente a mulher de cometer crimes, inventar histórias para diminuir a mulher perante seus amigos ou família.
De acordo com Souza e Adesse no Brasil, a violência doméstica se destacou como foco no início do movimento feminista e das intervenções propostas. Tal mobilização se deu em função da brutalidade dos numerosos casos de violência conjugal, de um lado, e da impunidade dos agressores.
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